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Sergio Vaz

Poeta e fundador da Cooperifa “É difícil explicar isso para quem nunca foi lá [na Cooperifa]. É um abraço, um sorriso, uma troca de olhares: ‘Oi, eu falo poesia para você e você fala para mim’. Estamos refundando a amizade, a troca de ideias.” Entrevista realizada no dia 27 de maio de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo. Sérgio Vaz é o poeta que criou o Sarau da Cooperifa em 2001. O evento é realizado todas as quartas-feiras, às 20h, no bar de Zé batidão, na Chácara Santana, bairro na periferia da zona sul de São Paulo. O sarau deu origem à Cooperifa, uma organização que pretende difundir cultura e sensibilizar pela qualidade de vida nas favelas e áreas periféricas. Vaz já promoveu outros eventos pela Cooperifa: Cinema na Laje, Poesia no Ar, entre outros. Blogueiro, ele se tornou uma espécie de “cara da periferia”, com ações e discursos que influenciam muita gente. Tem um livro publicado, “O Colecionador de Pedras” (2007). Blog: colecionadordepedras1.blogspot.com Twitter: @poetasergiovaz Algumas realizações de Sergio Vaz Imagem do sarau da Cooperifa em 2010, balões com poesias dentro no projeto Poesia no Ar e a capa do livro “Colecionador de Pedras” (2007) Trechos da entrevista “Começou com o sarau, que era o encontro dos poetas, acabou virando o Movimento dos Sem Palcos, porque as pessoas vinham de outros bairros, de outras quebradas, e ‘Ah, tem um lugar ali que você pode falar e tal’, estas coisas todas. E o que aconteceu é que foi chegando poetas e foi chegando artistas de todas as artes, então chegou o pessoal que gosta de cinema, que gosta de teatro, pessoal que gosta de música e a gente começou a imaginar o que a gente ia fazer para abrigar todos, porque ‘Pô, tá acontecendo algo mágico com a poesia. E o cara do teatro, e o cara do cinema?’” “A literatura da periferia difere um pouco da literatura acadêmica, não só pela crase, pelo ponto, pelo ponto e vírgula; difere pelo sentimento. Quando você lê um livro e neste livro do escritor da perifa está falando que o cara levou um tiro, parece que você sente o sangue escorrendo na página. Quando o cara fala que está dentro do ônibus, você sente o suor dele. Quando a pessoa diz que ama, você sente o barulho do coração. Então não é uma literatura melhor, ela é intensa.” Palavras mais faladas na entrevista Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece. O que já disseram sobre ele “Vaz começou tomando uma fábrica interditada, em 2001, para fazer uma mostra cultural. Depois, vagou por muitos botecos, até instalar-se no bar do Zé Batidão, na Piraporinha, Zona Sul de São Paulo. O bar é passado e futuro para Vaz. Foi lá que ele trabalhou dos 12 aos 22 anos, no balcão, quando o dono era o pai. Um patrão implacável, mas também grande leitor, o pai ao mesmo tempo oprimiu e inspirou. Enquanto os meninos perseguiam na várzea o sonho que também era dele, Vaz escrevia furiosamente em papel de pão. Ao conhecer mais personagens reais do que qualquer escritor sonharia, o palmeirense acabou virando poeta.” Eliane Brum, jornalista, na revista Época (2009) http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI63130-15228-1,00-SERGIO+VAZ+O+POETA+QUE+AGITA+VIDA+CULTURAL+DA+PERIFERIA+DE+SAO+PAULO.html “Os poetas que já fazem parte há algum tempo da Cooperifa repetem o ato de Márcio Batista de passar pelas mesas cumprimentando todos os que estão presentes, mesmo que desconhecidos. E para que as apresentações se iniciem, Sérgio Vaz, o mestre de cerimônias durante todo o evento, vai ao microfone e pede silêncio total a todos para a poesia começar103. Qualquer um que decida declamar deve se dirigir a Sérgio Vaz ou a Márcio Batista para ser chamado ao palco, sendo permitido que se declame mais de uma vez.” Érica Peçanha do Nascimento, pesquisadora de antropologia social, em dissertação apresentada à USP (2006) http://www.edicoestoro.net/attachments/057_LITERATURA%20MARGINAL%20-%20OS%20ESCRITORES%20DA%20PERIFERIA%20ENTRAM%20EM%20CENA.pdf Outros conteúdos relacionados a Sérgio Vaz Trecho do documentário “Povo Lindo, Povo Inteligente!”, sobre a Cooperifa – DGT Filmes (2009) http://www.youtube.com/watch?v=9VnbT79y73o Reportagem sobre o Sarau da Cooperifa e entrevista com Sergio Vaz – Viva Favela (2010) http://www.vivafavela.com.br/materias/cooperifa-quilombo-do-s%C3%A9culo-xxi Marília Gabriela entrevista Sergio Vaz – GNT (2009) http://mais.uol.com.br/view/za8mzap1o6jj/marilia-gabriela-entrevista-sergio-vaz–cooperifa-p2-04023472E4B92366?types=A& Apresentação de slides sobre a Cooperifa e a origem do termo “perifa” (2010) http://www.slideshare.net/abrapira/sarau-da-cooperifa

Ana Toni

A economista é representante da Fundação Ford no Brasil, organização privada, sem fins lucrativos, criada nos EUA em 1936 para ser uma fonte de apoio a pessoas e instituições inovadoras em todo o mundo. “Tem que saber escolher um projeto, ficar do lado dele e apoiar pelo tempo necessário até que vingue”, conta.

Vergilio Lima

Natural de Minas Gerais, o engenheiro e artesão de instrumentos musicais de cordas – violões, violas, bandolins e cavaquinhos – estudou marcenaria nos EUA e mais tarde aprendeu técnicas de luthieria com um mestre japonês. Desde então, produz de 20 a 25 instrumentos por ano e ministra cursos relacionados a instrumentos musicais específicos.

Chacal

Este é o apelido do poeta carioca Ricardo de Carvalho, também escritor, cronista e letrista. Publicou seu primeiro livro de poesia, “Muito Prazer, Ricardo”, em 1971, e agora esta prestes a lançar um livro de memórias “Uma História à Margem”, que faz um retrospecto de movimentos importantes na história artística do país.

Fabricio Ofuji

Produtor da banda Móveis Coloniais de Acaju “Eu acho que tem que ter um equilíbrio, você não pode ser só um cara que está ali pela arte. Uma vez que você está pensando na música como profissão, o resultado final vai muito além disso. Tem uma responsabilidade maior, tem a questão social, econômica” Entrevista gravada no dia 18 de maio de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo. Fabricio Ofuji é produtor da banda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju. A diferença dele para outros produtores? Mesmo não tocando nenhum instrumento no grupo, Ofuji é considerado o décimo integrante da banda, com a qual trabalha desde 2004, sete anos após a sua criação, em 1998. Em sociedade com os nove músicos do Móveis, ele compõe o quadro administrativo da banda-empresa homônima, responsável por organizar, produzir, vender seus produtos e planejar as turnês. Na paralela, Ofuji é mestrando em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero e pesquisa a relação entre música e internet. É um dos organizadores do livro “Olhares da Rede” e se dedica ainda a pensar em modelos de negócio para a música. Site: www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br/integrantes/ofuji Blog: www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br/blogs/ofuji Twitter: @fofuji Algumas produções da banda Capa do disco C_OMPL_ETE (2009), foto do clipe “Aluga-se-Vende” (2009) e cartaz de divulgação da terceira edição do Festival Móveis Convida (2010) Trechos da entrevista “[O Móveis] são dez pessoas que têm talentos diferentes, informações diferentes. Você tem desde um biólogo que, hoje, trabalha com produção musical de gravar bandas, mixar, fazer todo o trabalho de estúdio, a um economista ligado às finanças da banda. Então, é aproveitada a área de atuação, a formação de cada um, para ser convertida em trabalho para a banda. A gente contratou uma empresa de consultoria administrativa, que nos orientou a fazer tanto a diretoria colegiada (para decisões em que os dez precisam estar presentes), quanto outros departamentos.” “Uma das facilidades hoje, é a de registro. Se eu tenho uma ideia, no celular já posso cantarolar a melodia e depois mostrar para o outro integrante. A gente tem um e-mail geral que direciona para todo mundo, então essas ideias estão em produção constante. Além disso, temos vários projetos para estimular essas coisas: por exemplo, mensalmente fazemos o ‘Adoro Cover’, que é um vídeo criado por nós, meio que um clipe, para trabalhar a estética do vídeo. Essa descontrução é um aprendizado musical muito importante.” Palavras mais faladas na entrevista Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece. O que já disseram sobre ele “Tem gente que toca guitarra, bateria ou baixo. O Ofuji toca a banda. O Móveis só teria chegado aonde chegou dessa forma.” Fábio Pedroza, baixista do Móveis Coloniais de Acaju, no Portal Uai, 2010 http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_19/2010/07/22/ficha_musica/id_sessao=19&id_noticia=26481/ficha_musica.shtml Outros conteúdos relacionados a Fabricio Ofuji Entrevista para o blog “A Passeio”: http://apasseio.blogspot.com/2009/08/entrevista-com-fabricio-o-fuji-produtor.html Álbum virtual C_OMPL_ETE (Trama) para baixar: http://albumvirtual.trama.uol.com.br/servlet/SiteController?action=103&albumId=1128131176 Myspace do Móveis Coloniais de Acaju: http://www.myspace.com/moveis Livro “Olhares da Rede” para baixar: http://www.culturaderede.com.br/ Modelo de negócio da música antes e depois da internet (post no Remixtures): http://remixtures.com/2007/08/o-modelo-de-negocio-da-musica-antes-e-depois-da-internet/ Música Ltda. (o negócio da música para empreendedores) (para baixar): http://www.overmundo.com.br/banco/musica-ltda-o-negocio-da-musica-para-empreendedores Qual o futuro da música? Texto do Circuito Fora do Eixo: http://foradoeixo.org.br/institucional/ponte-plural/qual-o-futuro-da-musica

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