Ana Toni

Diretora da Fundação Ford no Brasil

“Lembro do meu filho contando para os amiguinhos o que a mãe dele faz: “Ah, ela dá dinheiro”. Não é exatamente isso, mas a gente apoia projetos nas áreas da Fundação: direitos humanos, meio ambiente, cultura”

Entrevista realizada no dia 28 de maio de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Ana Toni é economista e trabalha como representante da Fundação Ford no Brasil desde fevereiro de 2003. A Fundação é uma organização privada, sem fins lucrativos, criada nos Estados Unidos em 1936 para ser uma fonte de apoio a pessoas e instituições inovadoras em todo o mundo. Chegou ao Brasil em 1962, com sede no Rio de Janeiro. Além da representação brasileira, Ana Toni é a responsável pelo programa de Governo e Sociedade Civil, que tem trabalhado nos mecanismos de participação democrática e redução das desigualdades no Brasil. Antes da Ford, ela trabalhou para a TV Globo, Greenpeace International e ActionAid International. Faz parte do Conselho de Governança (gestão 2009/2011) do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife).

Algumas realizações de Ana Toni à frente da Ford

Documentário "À Margem do Corpo" (2006)Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação (IFP) da Fundação FordPesquisa Ibope - O que a sociedade pensa sobre a violência contra as mulheres (2004)
Imagem do documentário “À Margem do Corpo” (2006), do programa IFP e de pesquisa do Ibope de 2004 apoiadas pela Fundação Ford

Trechos da entrevista

“É muito difícil encontrar projetos sólidos também, a gente brinca na fundação que nós somos um pouco clínicos e cirurgiões cerebrais porque a gente tem um pouquinho de recursos, a Fundação Ford perto da Petrobras é mínima, e a gente tenta ter um impacto grande. Para isso, a gente tem que saber escolher um projeto, e ficar do lado daquele projeto e apoiar pelo tempo necessário até que vingue; acreditar naquela ideia, não baquear logo no primeiro processo. Eu não quero apoiar o mais fácil, apoiar um projeto que já tem um sucesso.”

“Uma brasileira como eu trabalhar no Brasil parece óbvio. Se eu fosse se aplicar para um cargo como diretora da China ia ter um total estranhamento, ou se fosse num cargo na África do Sul, o mesmo cargo na África do Sul para o brasileiro. O brasileiro não vai para estes cargos. É como se a gente só entendesse de Brasil. Mas um americano ou um inglês, uma alemã, não têm o menor problema em enfrentar a situação de conhecer menos aquela realidade e aprender o máximo que consiga. Eu acho que o brasileiro ainda é tímido de se posicionar nos cargos internacionais.”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

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