Marcelino Freire

Escritor e agitador cultural

“Eu quis ser escritor aos 10 anos de idade, quando descobri que o Manuel Bandeira era pernambucano. Descobri que ele falava de ruas que eu também conhecia – Rua da Aurora, Rua da União. Eu disse: ‘Perfeito!'”

 

Vídeo indisponível.

 

Entrevista realizada no dia 2 de maio de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Marcelino Freire é escritor de diversos livros, principalmente de contos, como “Angu de Sangue” (Ateliê, 2000), “BaléRalé” (2003) e “Contos Negreiros” (Record, 2006), este último vencedor do Prêmio Jabuti. Criou o próprio selo, eraOdito, pelo qual publicou livros gratuitos de Moacyr Scliar, Glauco Mattoso e Manoel de Barros, e a antologia “Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século” (parceria com Atêlie Editorial, 2004). Organiza anualmente em São Paulo a Balada Literária, evento que mistura mesas de debates e lançamentos de livros com festas em bares do bairro Vila Madalena. É um dos escritores mais influentes da chamada Geração 90. Nasceu em Sertânia (PE) em 20 de março de 1967, mas vive em São Paulo desde 1991.

Blog: eraodito.blogspot.com

Twitter: @MarcelinoFreire | @baladaliteraria

Algumas obras escritas ou organizadas por ele

'Angu de Sangue' (2000)'Contos Negreiros' (2005)'Rasif - Mar que Arrebenta' (2008)Balada Literária
Capas de “Angu de Sangue” (2000), “Contos Negreiros” (2006) e “Rasif – Mar que Arrebenta” (2008). Ao lado, o logo da Balada Literária

Trechos da entrevista

“Se tem uma coisa que eu acho ótima, que também modificou muito, é esta coisa de um jovem que abre um blog no Afeganistão: ele está falando de igual para igual com um jornalista que estudou na Sorbonne. Eu acho que, neste sentido, a internet é muito boa para esse intercâmbio, para essa fala por igual, tirar esse poder de quem achava que tinha exatamente o poder de esculhambar um espetáculo seu.”

“Isto modifica geograficamente o lugar, a criança. Só a criança saber: ‘O que estão fazendo ali?’, ‘Eles estão lendo poesia’; ‘Quem é Castro Alves?’; ‘Ah, eles estão lendo Cecília Meirelles!’; ‘Ah, quem é o Ferréz?’, ‘Ah, Ferréz é aqui do Capão Redondo, é um escritor que já foi traduzido para vários países!’. Isso fica na consciência daquela criança. A literatura é para todo mundo e é divertida; a partir da leitura você conhece as comunidades ao seu redor, você conhece a sua família, você se reconhece.”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

O que já disseram sobre ele

“Marcelino Freire pega um estilete cego e enferrujado, e vai desossando o conto-narrativa feito um açougueiro de almas. Santo Deus! Fica só o sangue, o lodo, o visceral, ai de nós!”
Silas Corrêa Leite, jornalista e escritor, site Klus (2007)
http://www.kplus.com.br/materia.asp?co=332&rv=Literatura

“Sem frescura, Marcelino Freire nos revela qual a diferença entre a Balada Literária, reunião de dezenas de escritores e figuras do meio literário organizada por ele, e os outros tantos eventos literários que proliferam por aí: a cerveja.”
Felipe Pontes, repórter do Portal Literal (2009)
http://portalliteral.terra.com.br/blogs/mais-uma-imperdivel-balada-literaria

“Marcelino Freire, que desde seu Angu de Sangue, vem fixando-se no Mercado Editorial como um ‘talento’ nos contos, pode-se muito bem ser definido como: ‘Uma voz de quem sofre’, pois seus contos não inventam personagens, mas somente revelam os protagonistas que já há muito conhecemos na sociedade.”
Vilma Stiller Cerqueira, crítica do site Crítica Literal (2009)
http://criticaliteral.webs.com/marcelinofreire.htm

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