Iatã Cannabrava

Fotógrafo e produtor

“A gente fala da obrigação do Estado e poupa a iniciativa privada. A obrigação é a mesma! Eu não consigo conceber que uma série de empresas não tenha preocupação com a questão cultural.”

Entrevista gravada no dia 16 de abril de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Iatã Cannabrava é fotógrafo e produtor cultural. Realizou mais de 30 exposições no Brasil e no exterior desde 1988, quando começou a fotografar. Criou e dirigiu a Clínica Fotográfica, centro de pesquisa e aperfeiçoamento da fotografia onde foram realizados mais de 80 workshops. Tem realizado experiências em diversas técnicas fotográficas e se especializou em fotografia de arquitetura e cidades. É conhecido pelos projetos Revele o Tietê que Você Vê (1991), Foto São Paulo (2001), Povos de São Paulo – Uma Centena de Olhares sobre a Cidade Antropofágica (2004) e, o mais recente, Uma Outra Cidade (2008). Criou, em conjunto com outros produtores, a Rede de Produtores Culturais da Fotografia do Brasil (RPCFB). Hoje, Iatã coordena o Estúdio Madalena, em São Paulo, e está à frente do Paraty em Foco desde 2006.

Algumas produções de que participou

Imagem do projeto Uma Outra Cidade

Imagem da fotógrafa Su Stathopoulos no projeto Foto São Paulologo do Estúdio Madalena
Em cima, foto de Iatã Cannabrava no projeto Uma Outra Cidade (2009); acima, imagem da fotógrafa Su Stathopoulos no projeto Foto São Paulo (2001), coordenado por Iatã; e o logotipo do Estúdio Madalena

Trechos da entrevista

“Para a França, a fotografia, a cultura, é política de Estado. O Estado francês vende carro, vende máquina, vende avião para o Brasil depois de vender a sua cultura; através do instrumento cultural se vende a imagem do país. Hollywood é o maior instrumento de venda do “império americano”. Ou seja, a cultura é o grande instrumento de comunicação do Estado. Então acho que o Brasil tem que ter a percepção tão clara disso – e não significa levar escola de samba e mulata a todo evento internacional.”

“Os projetos têm que ter continuidade. Ou seja, você tem que pegar, por exemplo, o MIS, o Museu da Imagem e do Som, tem que decidir um caminho para esse museu e apostar neste caminho 10, 20 anos, e ir atualizando este caminho, e ir modernizando este caminho, mas seguir um caminho. Tem espaços culturais em São Paulo que um dia apresentam uma edição de fotografia, no dia seguinte uma exposição de macramé crochê, no outro dia uma exposição de artesanato no interior de São Paulo… Você tem que criar as ideias, os projetos, espaços com perfis, com curadorias, com caminhos determinados”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

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