agosto 2010

Inezita Barroso

A voz do folclore brasileiro desde os anos 40. Nascida em 1925, produziu discos, programas de rádio e TV. Estudou biblioteconomia e até hoje ensina folclore brasileiro nas faculdades de São Paulo. Em 1980 foi exibido o primeiro programa “Viola, Minha Viola”, no ar até hoje na TV Cultura.

O quarto branco, capítulo 1

Durante seis semanas, parte da equipe do projeto passou uma média de dez horas diárias entre quatro paredes brancas de fundo infinito, com isolamento acústico, sem janelas. O estúdio de 81,5 m2, na Vila Mariana, em São Paulo, foi ocupado por três meses.

Sergio Vaz

Poeta e fundador da Cooperifa “É difícil explicar isso para quem nunca foi lá [na Cooperifa]. É um abraço, um sorriso, uma troca de olhares: ‘Oi, eu falo poesia para você e você fala para mim’. Estamos refundando a amizade, a troca de ideias.” Entrevista realizada no dia 27 de maio de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo. Sérgio Vaz é o poeta que criou o Sarau da Cooperifa em 2001. O evento é realizado todas as quartas-feiras, às 20h, no bar de Zé batidão, na Chácara Santana, bairro na periferia da zona sul de São Paulo. O sarau deu origem à Cooperifa, uma organização que pretende difundir cultura e sensibilizar pela qualidade de vida nas favelas e áreas periféricas. Vaz já promoveu outros eventos pela Cooperifa: Cinema na Laje, Poesia no Ar, entre outros. Blogueiro, ele se tornou uma espécie de “cara da periferia”, com ações e discursos que influenciam muita gente. Tem um livro publicado, “O Colecionador de Pedras” (2007). Blog: colecionadordepedras1.blogspot.com Twitter: @poetasergiovaz Algumas realizações de Sergio Vaz Imagem do sarau da Cooperifa em 2010, balões com poesias dentro no projeto Poesia no Ar e a capa do livro “Colecionador de Pedras” (2007) Trechos da entrevista “Começou com o sarau, que era o encontro dos poetas, acabou virando o Movimento dos Sem Palcos, porque as pessoas vinham de outros bairros, de outras quebradas, e ‘Ah, tem um lugar ali que você pode falar e tal’, estas coisas todas. E o que aconteceu é que foi chegando poetas e foi chegando artistas de todas as artes, então chegou o pessoal que gosta de cinema, que gosta de teatro, pessoal que gosta de música e a gente começou a imaginar o que a gente ia fazer para abrigar todos, porque ‘Pô, tá acontecendo algo mágico com a poesia. E o cara do teatro, e o cara do cinema?’” “A literatura da periferia difere um pouco da literatura acadêmica, não só pela crase, pelo ponto, pelo ponto e vírgula; difere pelo sentimento. Quando você lê um livro e neste livro do escritor da perifa está falando que o cara levou um tiro, parece que você sente o sangue escorrendo na página. Quando o cara fala que está dentro do ônibus, você sente o suor dele. Quando a pessoa diz que ama, você sente o barulho do coração. Então não é uma literatura melhor, ela é intensa.” Palavras mais faladas na entrevista Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece. O que já disseram sobre ele “Vaz começou tomando uma fábrica interditada, em 2001, para fazer uma mostra cultural. Depois, vagou por muitos botecos, até instalar-se no bar do Zé Batidão, na Piraporinha, Zona Sul de São Paulo. O bar é passado e futuro para Vaz. Foi lá que ele trabalhou dos 12 aos 22 anos, no balcão, quando o dono era o pai. Um patrão implacável, mas também grande leitor, o pai ao mesmo tempo oprimiu e inspirou. Enquanto os meninos perseguiam na várzea o sonho que também era dele, Vaz escrevia furiosamente em papel de pão. Ao conhecer mais personagens reais do que qualquer escritor sonharia, o palmeirense acabou virando poeta.” Eliane Brum, jornalista, na revista Época (2009) http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI63130-15228-1,00-SERGIO+VAZ+O+POETA+QUE+AGITA+VIDA+CULTURAL+DA+PERIFERIA+DE+SAO+PAULO.html “Os poetas que já fazem parte há algum tempo da Cooperifa repetem o ato de Márcio Batista de passar pelas mesas cumprimentando todos os que estão presentes, mesmo que desconhecidos. E para que as apresentações se iniciem, Sérgio Vaz, o mestre de cerimônias durante todo o evento, vai ao microfone e pede silêncio total a todos para a poesia começar103. Qualquer um que decida declamar deve se dirigir a Sérgio Vaz ou a Márcio Batista para ser chamado ao palco, sendo permitido que se declame mais de uma vez.” Érica Peçanha do Nascimento, pesquisadora de antropologia social, em dissertação apresentada à USP (2006) http://www.edicoestoro.net/attachments/057_LITERATURA%20MARGINAL%20-%20OS%20ESCRITORES%20DA%20PERIFERIA%20ENTRAM%20EM%20CENA.pdf Outros conteúdos relacionados a Sérgio Vaz Trecho do documentário “Povo Lindo, Povo Inteligente!”, sobre a Cooperifa – DGT Filmes (2009) http://www.youtube.com/watch?v=9VnbT79y73o Reportagem sobre o Sarau da Cooperifa e entrevista com Sergio Vaz – Viva Favela (2010) http://www.vivafavela.com.br/materias/cooperifa-quilombo-do-s%C3%A9culo-xxi Marília Gabriela entrevista Sergio Vaz – GNT (2009) http://mais.uol.com.br/view/za8mzap1o6jj/marilia-gabriela-entrevista-sergio-vaz–cooperifa-p2-04023472E4B92366?types=A& Apresentação de slides sobre a Cooperifa e a origem do termo “perifa” (2010) http://www.slideshare.net/abrapira/sarau-da-cooperifa

Ana Toni

A economista é representante da Fundação Ford no Brasil, organização privada, sem fins lucrativos, criada nos EUA em 1936 para ser uma fonte de apoio a pessoas e instituições inovadoras em todo o mundo. “Tem que saber escolher um projeto, ficar do lado dele e apoiar pelo tempo necessário até que vingue”, conta.

Vergilio Lima

Natural de Minas Gerais, o engenheiro e artesão de instrumentos musicais de cordas – violões, violas, bandolins e cavaquinhos – estudou marcenaria nos EUA e mais tarde aprendeu técnicas de luthieria com um mestre japonês. Desde então, produz de 20 a 25 instrumentos por ano e ministra cursos relacionados a instrumentos musicais específicos.

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