Adhemar Oliveira

Sociólogo e fundador da rede exibidora Espaço de Cinema

“O produtor cultural é aquele maluco que junta A com B – que às vezes nem existe o A, nem existe o B – e ele consegue juntar A e B produzindo C.”

Entrevista gravada no dia 2 de maio 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Adhemar Oliveira é cineclubista da geração dos anos 80, exibidor, distribuidor e agitador cultural. É dono da Espaço de Cinema, uma dos grandes responsáveis pela transformação do circuito exibidor de filmes de arte no Rio de Janeiro e em São Paulo nos últimos 20 anos. Participou da criação do Espaço Unibanco, do Cineclube Estação Botafogo e foi responsável pela primeira sala Imax (de tela gigante) no Brasil, localizada no Espaço Unibanco Pompeia, em São Paulo. Dentro do novo conceito de Arteplex, a Espaço de Cinema inaugurou salas nas cidades de Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2000, fundou a distribuidora Mais Filmes, em parceria com Leon Cakoff, com quem também partilha o empreendimento das salas Arteplex. A Espaço de Cinema totalizou 72 salas em 2008, a sétima maior exibidora de filmes do país.

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Algumas produções de que participou

fachada do Cineclube Estação Botafogo, no Rio de Janeirofachada do Unibanco Arteplex na Rua Augusta, em São PauloInterior da sala Imax, a maior tela de cinema brasileira, no shopping Bourbon São Paulo
Fachada do carioca Grupo Estação, em Botafogo. De lá, Adhemar foi para São Paulo, onde deu início ao Espaço Unibanco de Cinema, responsável pela primeira sala Imax do Brasil.

Trechos da entrevista

“Quando você carimba a necessidade de uma pessoa que nunca foi ao cinema – como tem muita gente no Brasil que nunca foi ao cinema – que ele só pode ver este tipo de filme, no caso dos vale cultura vinculado ao cinema brasileiro, enquanto mecanismo, já tem um erro aí. O primeiro filme que eu vi era do Chaplin, não era brasileiro e era projetado numa parede. Como conjugar que este namoro, que esta sedução não seja burocratizada, não seja não sei o que, tipo demasiado, para que, em vez de criar a paixão, você crie e fale assim ‘Mas só isso, é só isso ou coisa parecida’. Nisso, eu não estou desprezando o produto brasileiro não, estou só falando que é uma coisa que me incomoda.”

“Aí nasceu o Clube do Professor. O professor na realidade pode ser um repetidor de cultura, de transmissão, de suar cultura. A gente não pede nada para ele, ele não tem que trazer aluno, não tem que fazer nada. Aí era rodinha num projeto que era artesanal e que virou indústria, então hoje, por exemplo, sábado 11 horas da manhã em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo,… provavelmente tem uns 8000 professores vendo filmes gratuitos justamente, e isso todos os sábados do ano. No final do ano, ele vai estar quantas vezes na frente do brasileiro médio e é isto que a gente quer, que o professor esteja tantas vezes a frente de qualquer brasileiro médio. Por que se ele estiver tantas vezes à frente de qualquer brasileiro médio, a repercussão para baixo vai ser imediata.”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

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