Eduardo Saron

Superintendente do Itaú Cultural

“Hoje você produzir é tão complexo que o artista precisa de um produtor. São raros os artistas que são produtores e, às vezes, quando ele vai se dedicar à produção, no fundo, ele deixa de se dedicar à arte”

Entrevista gravada no dia 28 de maio de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Eduardo Saron é superintendente do Itaú Cultural desde 2002, responsável pelas atividades culturais do instituto ligado ao banco Itaú, em São Paulo. É também membro da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, como representante da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Algumas produções de que participou

Site da revista "Continuuum", do Itaú Cultural
Folder de divulgação do programa Rumos Itaú Cultural de 2009; “Ocupação Rogério Sganzerla”, exposição sobre o cineasta brasileiro que ocorreu em 2010; e imagem do site da Revista Continuum, produzida pelo Itaú Cultural

Trechos da entrevista

“Acho que tem algumas condições fundamentais para você ser um bom gestor, como estar muito conectado, ter a perspectiva do conhecimento, onde você precisa a todo momento estar se alimentando. É consumir muito cultura e sem preconceito. Quem diria que o technobrega pudesse interferir tanto na cultura deste país? E interfere, está produzindo, está deixando um legado, está produzindo aí um movimento para outras matizes musicais. E, por fim, pensar a respeito da sustentabilidade, não sobre sustentabilidade do ponto de vista econômico, mas a sustentabilidade talvez do ponto de vista ambiental mesmo, no sentido do seguinte: o que desta conexão, desta condição de conhecimento, eu estou deixando de perene e de legado?”

“O acaso também cabe. A gente planeja muita coisa, o Itaú Cultural planeja muita coisa, mas, às vezes, você está diante de projetos extremamente inovadores que a gente não tinha planejado. E aí o que vem? Vem a sua capacidade de poder suportar o risco. Alguns dos editais a gente sabe que nós vamos lançar, nós sabemos o que nós estamos lançando, mas às vezes a gente não sabe o que a gente vai receber de projetos inscritos. Isso faz parte do risco da instituição, isso faz parte desta compreensão de que investir em arte e cultura não necessariamente significa investir na obra pronta e acabada, às vezes é só investir no processo criativo do artista.”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

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