Lucia Riff

Agente literária

“No Brasil a gente não tem apoio nenhum do Estado. Eu nunca contei com isso, nunca tive apoio nenhum, pelo contrário.”

Entrevista gravada no dia 4 de maio de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Lucia Riff é agente literária. Nascida no Rio de Janeiro, formou-se em psicologia em 1978 (PUC-RJ) e, em 1983, entrou para o mercado editorial, convidada a assumir a gerência de direitos autorais da Editora Nova Fronteira. de onde não saiu mais. Em 1991, Lucia inaugurou a Agência Riff (que de início se chamava Agência Literária BMSR), e desde então trabalha como co-agente para importantes editoras e agências literárias estrangeiras. Ela negocia títulos para o Brasil e Portugal e também representa uma lista de grandes autores brasileiros, como Ariano Suassuna, Cíntia Moscovich, Luis Fernando Veríssimo, Rubem Fonseca, Maria Adelaide Amaral, Vitor Ramil, Zuenir Ventura, dentre inúmeros outros.

Algumas produções de que participou

"Comédias para se Ler na Escola" (2001), de Luis Fernando Verissimo"Feliz Ano Novo" (1975), de Rubem Fonseca"Mais ou Menos Normal" (2007), de Cintia Moscovich
Capas dos livros “Comédias para se Ler na Escola” (2001), de Luis Fernando Verissimo, “Feliz Ano Novo” (1975), de Rubem Fonseca, e “Mais ou Menos Normal” (2007), de Cíntia Moscovich, três dos 60 autores agenciados por Lucia Riff

Trechos da entrevista

“O que faz um bom agente literário? Eu acho que você tem que adorar trabalhar para alguém, porque o foco da minha carreira não é a minha carreira, é a carreira do meu autor. E você conseguir se distribuir, se dividir entre todos aqueles autores – e cada um tem que ser especial naquele momento, não é um trabalho que no final do dia eu possa dizer: “Bom, eu fiz o trabalho de hoje”. Eu nunca fiz o trabalho de hoje, eu teria mais coisa para ler, eu teria mais e-mails para responder, sites para visitar, contatos novos para fazer, coisas para descobrir e isso vale para qualquer editora, para qualquer escritor, para qualquer pessoa que trabalha nesse mercado.”

“O agente literário cuida da obra do autor, cuida da carreira do autor, cuida da imagem dele, dos direitos autorais dos livros que ele escreve. Hoje de manhã, aqui no intervalo, eu estava respondendo um e-mail a Manuel Carlos, que quer usar uma frase de Drummond, um trechinho de um poema de Drummond, numa cena ali das irmãs da novela. Então eles nos pedem, a gente autoriza”.

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

O que já disseram sobre ela

“Não exagera quem diz que ela (Lucia Riff) possui quase metade da literatura atual do Brasil nas mãos – é tanta gente, e de tanto peso, que não aceita novos representados.”
Reportagem na revista Época (2004)
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI44311-15220,00-OS+EMPRESARIOS+DA+LITERATURA.html

“Ter uma agente feito a Lucia Riff, nesse aspecto, é fundamental para mim. Eu confio totalmente nela e no que ela considera melhor para a obra do Quintana. O Mario não queria ter agente. E aí eu é que cuidava de tudo. Mario me dizia que eu era o braço esquerdo e o corrimão dele.”
Elena Quintana, sobrinha neta e única herdeira de Mário Quintana (2004) http://www.bmsr.com.br/entrevistas/default.asp?mes=4&ano=2004

“Aqui surge outro personagem do enredo: a agente literária Lucia Riff, que representa no Brasil grandes agentes e editoras internacionais, como a Harper Collins e a Random House. Pelo escritório de Lúcia, que trabalha com seus dois filhos, João Paulo, 25 anos, e Laura, 27, passa grande parte dos títulos disputados pelas editoras. Foi o caso de ‘O Código Da Vinci’. O lance da Record, embora menor que o da concorrente, era acompanhado de uma proposta que previa o pagamento de 12% do preço de capa ao autor caso o livro vendesse mais de 8.000 exemplares. O padrão do mercado é pagar 10% sobre o preço de capa ao autor. A estimativa do setor é que a oferta da Record renderia cerca de R$ 1 milhão a mais para Dan Brown.”
Reportagem na revista Veja Rio (2006)
http://veja.abril.com.br/vejarj/090806/capa.html

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