Heitor Martins

Presidente da Fundação Bienal de São Paulo

“O que traz valor à arte é esta capacidade de sintetizar a vida, de sintetizar a sociedade e criar algo que vai perdurar ao longo do tempo, que vai perdurar quando nenhum de nós mais estiver aqui.”

Entrevista gravada no dia 31 de maio de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Heitor Martins é colecionador de arte e consultor financeiro, sócio-diretor da empresa McKinsey & Company. Foi eleito em 2008 presidente da Fundação Bienal de São Paulo, com 28 dos 31 votos possíveis, e enfrentou uma estrutura em crise. A fundação encerrou 2008 com R$ 4,7 milhões em dívidas e sem credibilidade na produção cultural, principalmente por causa da Bienal do Vazio (2008), que gerou protestos de grafiteiros, inconformados com a proposta de deixar naquele ano o Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, sem qualquer obra. Em 2010, a 29ª Bienal (primeira sob Heitor Martins) (twitter: @bienalsaopaulo) teve viés político acentuado e mais de 150 artistas envolvidos, numa curadoria que privilegiou também as ações de arte-educação. Heitor é casado com a criadora da feira SP Arte, Fernanda Feitosa.

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Algumas realizações

cartaz da 29ª Bienal de SPUrubus na instalação do artista Nuno Ramos, na Bienal 2010logo da empresa de consultoria McKinsey & Compan
Cartaz da 29ª Bienal de São Paulo (a primeira sob administração de Heitor Martins) e a instalação do artista Nuno Ramos, com urubus, embargada pelo Ibama; ao lado, o logo da consultoria McKinsey&Company

Trechos da entrevista

“Nós reafirmamos este papel da Bienal como uma caixa de reverberação da produção contemporânea (…). Nós vamos ter uma Bienal grande, uma Bienal com 150 artistas, uma Bienal bastante balanceada ao redor do mundo: você tem desde do artista americano ao artista africano. Ela é uma Bienal que testa, de uma certa forma, as fronteiras do que é artes plásticas, na medida em que envolve performances, envolve muito vídeo, envolve muito… tem um conjunto de palestras grandes, tem algumas coisas relacionadas à música, tem a questão do pixo.”

“Existe um valor comercial dentro da produção artística que é um valor muito importante porque o artista captura isso que está acontecendo dentro da sociedade, seja pela sua sensibilidade, seja pela sua formação, e cristaliza este inconsciente dentro de uma obra. Então aquilo ali é essencialmente capital intelectual materializado. E aquilo passa a ser, a partir daí, objeto de colecionismo, objeto de comércio e assim por diante – e isso gera um valor agregado enorme para dentro da economia.”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

O que já disseram sobre ele

“Como disse um conselheiro, que não quis se identificar, nunca na instituição um presidente foi eleito ‘com tantas facilidades’. Entre as solicitações estava a de que fosse feita a transição entre a sua gestão e a anterior, de Manoel Pires da Costa, em parceria entre as duas equipes para equacionar as dívidas, levantar números e fazer a reestruturação da administração da entidade. Pires da Costa afirmou que participará do processo.”
Revista Veja, sobre a eleição de Heitor Martins (2009)
http://veja.abril.com.br/noticia/variedade/heitor-martins-eleito-presidente-fundacao-bienal-473905.shtml

“Quando abre a porta de sua casa no Morumbi, de camiseta e sorriso sereno estampado no rosto, Heitor Martins não parece ser o consultor financeiro que desde julho se divide entre a McKinsey e a presidência da Fundação Bienal de São Paulo. Mas passado o jardim, a sala com obras de Tunga, Miguel Rio Branco e Farnese de Andrade dão a certeza de que, para além dos altos e baixos do mercado, Martins tem olho para arte.”
Silas Martí, jornalista, na revista Brasileiros (2010)
http://www.revistabrasileiros.com.br/edicoes/32/textos/949/

“A partir de hoje, o empresário Heitor Martins passa a ser de fato presidente da Fundação Bienal de São Paulo. Há duas semanas, sua posse foi indeferida pelo curador de Fundações do MPE (Ministério Público Estadual), Airton Grazzioli, por ‘conflito de interesses’. A mulher de Martins, Fernanda Feitosa, tem contrato com a instituição, que vigora até 2015, para realizar todos os anos no pavilhão da Bienal a feira SP Arte. Isso violaria o estatuto da fundação, que proíbe a contratação de parentes.”
Fábio Cypriano, jornalista e crítico de arte, no jornal Folha de S. Paulo (2009)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u612923.shtml

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