Kiko Farkas

Designer gráfico

“Existem algumas tendências identificáveis, mas certamente o design brasileiro não é uma delas. É minha opinião. Eu acho que melhorou, melhorou sim, eu não vou te dizer que nós temos um design genial porque copia-se muito.”

Entrevista gravada no dia 14 de junho de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Kiko Farkas é designer gráfico, conhecido internacionalmente por vários trabalhos, entre eles a criação de capas de livros e a série Cartazes Musicais (300 cartazes produzidos entre 2003 e 2007 para concertos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OSESP). Formado em Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da USP, já trabalhou na imprensa escrita como diretor de arte e editor. Em 1987, abriu em São Paulo a Máquina Estúdio, realizando trabalhos nas áreas editoriais e culturais, como produção de cartazes, catálogos de arte, ilustração e livros. Participa de juris e apresenta palestras e exposições em todo mundo. Foi co-curador e responsável pela criação do pavilhão brasileiro na feira DesignMai 2006 no programa Copa da Cultura, em Berlim, foi jurado do Festival International de L’affiche, na França, e também do 70º prêmio Max Feffer de Design.

Alguns de seus trabalhos


Na sequência, a capa do livro “Antigos e Soltos” (2008), que recebeu o Prêmio Biblioteca Nacional; a Marca Brasil, programa de identidade corporativa para o setor de turismo; e o cartaz feito para a turnê da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) na Europa (2003)

Trechos da entrevista

“Muitos colegas meus começaram como eu e depois foram para escritórios maiores e hoje fazem um trabalho que é menos pessoal, mas são maiores, então, não sei se por incapacidade administrativa, mas eu sempre fiquei um pouco nesta coisa mais pessoal, um estilo mais butique, assim: pequenininho e com mais liberdade”.

“Às vezes as pessoas falam para mim ‘Ah, seu trabalho é tão colorido, você é tão brasileiro’, mas eu não sinto isso, eu não acho que seja uma coisa muito patente. Eu acho que o design japonês, por exemplo, tem muita cara porque existe toda uma maneira de pensar japonesa, ou, por exemplo, o design iraniano – onde você não pode retratar pessoas”.

“Eu não vou te dizer que nós temos um design genial porque copia-se muito”.

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

O que já disseram sobre ele

“Sua obra é caracterizada pelo padrão, textura, exuberância, cor e minimalismo”
Publicado pelo site www.zupi.com.br (2010)
http://www.zupi.com.br/index.php/site_zupi/view/cartaz_para_ele/

“Este pequeno grande livro de Kiko Farkas contém, página a página, todos os ingredientes de um cartaz irresistível: escala, forma, complexidade, padrão, textura, perspicácia, exuberância, linha, cor, minimalismo, tensão, força, lirismo, contenção e surpresa. Muitos dos cartazes são pictóricos e formalistas. Outros são conceituais. Todos são supreendentes em sua diversidade, enquanto a qualidade permanece constante”
Paula Scher, designer norte-americana, no site Catraca Livre (2010)
http://catracalivre.folha.uol.com.br/2010/03/livro-e-exposicao-reunem-criacoes-de-kiko-farkas-para-a-osesp/

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