João Batista Ribeiro Filho

Ex-secretário de Cultura do Maranhão

“Eu tenho comigo que, num país que é desigual, toda vez que se faz mais do mesmo acentua-se esta desigualdade e se dá um cheque em branco para que esta desigualdade se institucionalize e se aprofunde.”

Entrevista gravada no dia 16 de maio de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

João Batista Ribeiro Filho é poeta e compositor – e costuma ser chamado de Joãozinho Ribeiro. Nascido em 29 de abril de 1955, participou ativamente do movimento pela democracia nos anos 70 e 80: fundou a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, integrou o Comitê Brasileiro pela Anistia, foi eleito delegado para o Congresso de Reconstrução da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Salvador (BA), participou da liderança da histórica Greve da Meia Passagem, em 1979, e foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Ainda na década de 80, compôs trilhas sonoras de filmes e peças teatrais, como “A Urna”, em parceria com o Marco Cruz, do consagrado Walter Durst, e “Cabra Marcado pra Morrer”, texto de Ferreira Gullar. Em 1997, foi convidado para presidir a Fundação Municipal de Cultura de São Luís (MA), onde iniciou o processo de construção de políticas públicas de cultura, como a Lei de Incentivo à Cultura, o Conselho de Cultura, Fundo de Preservação e Revitalização do Centro Histórico e o Fórum Municipal de Cultura (até hoje em atividade). Dez anos depois, foi convidado para ser secretário de Estado de Cultura, quando realizou o I Fórum Estadual de Cultura e publicou o Plano Estadual de Cultura, concretizando o pensamento de políticas publicas descentralizadas e com participação ativa da sociedade civil.

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Algumas realizações

Joãozinho Ribeiro no show "Milhões de uns", em Brasília (2010)Logo da Fundação Municipal de Cultura de São Luís (MA), a FuncLogo da 2ª Conferência Nacional de Cultura (2010), coordenada por Joãozinho Ribeiro
Joãozinho Ribeiro faz show em Brasília, o logotipo da Fundação Municipal de Cultura de São Luís (MA) e da 2ª Conferência Nacional de Cultura, do MinC, coordenada por ele

Trechos da entrevista

“O que a gente costuma chamar de cultura popular no Brasil antigamente era para diferenciar da cultura erudita, mas esses muros que foram construídos entre segmentos culturais são muros que foram construídos artificialmente ou geralmente por uma divisão acadêmica, para facilitar a vida de pesquisadores ou então para marcar, delimitar espaços entre uma cultura mais evoluída e outra menos evoluída. Que é uma coisa que eu não defendo, não advogo e eu acho que as culturas são diferentes. O hip hop hoje conversa com o repente do Nordeste, com a embolada e aí se dão muito bem.”

“Eu acho que teve a inclusão de um contingente muito grande na economia brasileira de cidadãos que eram considerados de quinta categoria, que estão comendo, que estão reparticipando da economia, mas como dizia a música do Titãs: ‘A gente não quer só comida, a gente quer diversão, a gente quer arte’, a gente quer cidadania e isso é fundamental no mundo da cultura. Eu creio que estes coronelados, estas forças reacionárias que ainda resistem a este fenômeno da democracia, elas passaram.”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

O que já disseram sobre ele

“Os primeiros movimentos do Maranhão na área da cultura mostram uma aproximação forte com a nossa gestão. É muito positivo o ânimo do governador Jackson Lago e do secretário Joãozinho Ribeiro no enfrentamento da questão da cultura”
Gilberto Gil, ex-ministro da Cultura – O Imparcial (MA) (2007)
http://www.cultura.gov.br/site/2007/04/26/joaozinho-ribeiro-apresenta-metas-ao-ministro-da-cultura/

“No carnaval houve denúncias de desvio de recursos. Os parlamentares teriam indicado entidades fantasmas para receber o dinheiro. O caso está na Justiça e Joãozinho Ribeiro quer evitar que o mesmo ocorra com o São João. Joãozinho Ribeiro explica que este ano, para tentar coibir as irregularidades, o governo estabeleceu um Edital com as regras para o repasse dos recursos público.”
Jornal Cazumbá (2007)
http://www.jornalcazumba.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=67&Itemid=2

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