Danilo Santos de Miranda

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Diretor regional do Sesc-SP

“A cultura diz respeito à capacidade humana de criar, desenvolver, praticamente abrange tudo – até ciência e tecnologia têm a ver com cultura. É um campo, uma área, um espaço sobretudo para criação”

Entrevista gravada no dia 30 de junho de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Danilo Santos de Miranda é sociólogo, diretor há 26 anos do Departamento Regional do Servico Social do Comércio (Sesc) no Estado de São Paulo. Especialista em ação cultural, tem formação em Filosofia e Ciências Sociais, com especialização em gestão empresarial no International Institute for Management Development (IMD), na Suíça. É hoje o responsável pela administração de uma equipe com 6 mil pessoas em 31 unidades do Sesc no Estado, com orçamento de R$ 1 bilhão em 2010. Muito influente entre as organizações que fazem gestão cultural no Brasil, também porque acumula funções: é conselheiro do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), da Fundação Itaú Cultural, do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e do Art for the World – Suíça. Também foi presidente do Conselho Diretor do Fórum Cultural Mundial (2004) e presidente da comissão que organizou o Ano da França no Brasil (2009).

Algumas realizações

Logo do Sesc-SPCapa do livro "Ética e Cultura" (2004)Logo do Ano da França no Brasil (2009)Logotipo do Sesc-SP, que ele administra desde 1984, capa do livro “Ética e Cultura” (2004), organizado por Danilo, e o logo do Ano da França no Brasil (2009)

Trechos da entrevista

“Falta pensamento no mundo, falta reflexão no mundo de hoje, de um modo geral. São poucas as pessoas que oferecem oportunidade para a discussão, para o debate, para a provocação, para a problematização, para a reflexão permanente. Acho que a cultura tem este papel, o teatro, a música menos, mas também a dança, as artes visuais. Claro, com intermediações, porque sem intermediação… Quando eu falo em intermediação, é alguém que ajude a refletir sobre aquilo.”

“Eu fui, ano passado, membro da comissão que fez o Ano da França no Brasil e eu falei da exposição de Matisse que ia acontecer na Pinacoteca, uma das primeiras que nós fizemos no ano passado, no Ano da França no Brasil. Uma jornalista presente virou para mim e perguntou: ‘O Matisse vai vir?’. Eu falei: ‘Não, ele infelizmente já morreu faz algum tempo’. (…) Este nível de informação básica assusta – uma jornalista no mundo da cultura de um grande jornal de São Paulo.”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

O que já disseram sobre ele

“Ele está à frente de um projeto que se tornou modelo de promoção do bem-estar social e da difusão cultural no país, administra uma das maiores verbas destinadas à cultura no Brasil e pilota diariamente uma infinidade de ações também na área de lazer, esportes, saúde e artes. (…) O Sesc, que ele comanda em São Paulo, é muitas vezes comparado a um ministério informal da cultura, e os números compravam isso. A entidade está presente em 26 estados, e no Distrito Federal. Mas só no estado de São Paulo, onde o Sesc tem 30 unidades, foram realizadas no ano passado [2005] mais de 8 mil apresentações artísticas, com público de aproximadamente três milhões de pessoas.”
Paulo Markun, jornalista, na abertura do programa Roda Viva – TV Cultura (2006)
http://www.tvcultura.com.br/rodaviva/programa/pgm1019

“Ele (Danilo) acredita piamente que o objetivo formal da entidade – que não tem fins lucrativos e é financiada por empresas – é algo muito concreto: promover bem-estar social, desenvolvimento cultural e melhoria da qualidade de vida da comunidade. Talvez por isso esteja dando tão certo. O reconhecimento de seu trabalho a favor da cultura é unânime.”
Nina Weingrill, jornalista, em reportagem da Revista Sorria (2008)
http://revistasorria.com.br/site/edicao/nao-e-utopia.php

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