Geber Ramalho

Membro do Porto Digital e professor de Entretenimento Digital na UFPE

“43% do que as empresas de games fazem é exportado, porque o mercado brasileiro não consegue sustentar as empresas brasileiras. É uma doidice completamente maluca. Tem que contar com o mercado de fora.”

Entrevista gravada no dia 11 de junho de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Geber Ramalho é desde 1997 professor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o idealizador, em 2000, da primeira disciplina universitária da América Latina voltada ao desenvolvimento de jogos eletrônicos. Paraibano, cresceu entre artistas: é filho do músico Luiz Ramalho e prima da cantora Elba Ramalho. Pioneiro no mercado de videogames no Brasil, é formado em engenharia elétrica e ciência da computação com estudos no Brasil e na França. Foi diretor do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.) e da Sociedade Brasileira de Computação. É membro do conselho consultor do Porto Digital, um ambiente de empreendedorismo, inovação e negócios de tecnologias da informação e comunicação de Pernambuco, que reúne mais de 100 empresas, único local brasileiro na lista da BusinessWeek com os 10 lugares do planeta onde mais se pensa o futuro do mundo.

Algumas produções de que participou

Imagem aérea do Porto Digital (2010)Imagem do game 'Choice'
Imagem aérea da região onde fica o Porto Digital, em Recife; e tela do game “Choice”, desenvolvido pela equipe Levv It, de Pernambuco, vencedor da Imagine Cup 2009

Trechos da entrevista

“Exceto os jogos japoneses (e alguns tipos de jogos japoneses, como o ‘Final Fantasy’, por exemplo), não tem uma coisa de você dizer: “É japonês”. Você não vê um jogo e diz: “Ah, é um jogo francês”. Depende. Em geral, na indústria de games, ainda não tem uma identidade de países em termos de produção. Isto é uma coisa que certamente será para a próxima geração de jovens.”

“O game fala sobre interatividade, sobre sedução. Isso é que é importante. Quer dizer, a pessoa entender como é que isso impacta no trabalho de arte dela, seja ele numa escultura, seja numa peça de teatro, o que seja, porque as possibilidades estão abertas. A gente está num mundo novo e fantástico de novas possibilidades que estão sendo criadas pela possibilidade das pessoas interagirem mais, das pessoas não serem mais só espectadores. Eu acho que esta é a grande revolução que a gente está vivendo, propiciada pela tecnologia.”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

O que já disseram sobre ele

“Ramalho faz parte do grupo de acadêmicos nordestinos que decidiu quebrar os velhos paradigmas da academia. Não se dedica à pesquisa pura, não dá aula dissociada do mercado e acredita que um dos papéis da universidade é usar o conhecimento para criar formas modernas de desenvolvimento econômico. Seu perfil multicultural, multimídia e global é o retrato dos profissionais da área de tecnologia que ajudaram a criar o Porto Digital e que agoram miram na economia criativa.”
Alexa Salomão, jornalista, no Portal iG (2010)
http://economia.ig.com.br/empresas/a+arte+de+criar+novas+tecnologias/n1237576232158.html

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