Tindaro Silvano

Coreógrafo

“É complicado o caso da dança no Brasil porque, sendo brasileiros, ainda temos resistência lá fora quanto à nossa seriedade. Precisamos de uma educação maior para que isso reflita na cultura.”

Entrevista gravada no dia 17 de abril de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Tindaro Silvano é bailarino, maïtre de ballet e coreógrafo, formado pelo Palácio das Artes, em Belo Horizonte (MG), com o professor Carlos Leite. Aperfeiçoou-se com mestres da dança como Hugo Dellavalle e Bettina Bellomo. Dançou com as cias. do Palácio das Artes (MG), do Ballet Guaíra (Curitiba, PR), do Ballet Gulbenkian (Lisboa) e do Ballet do Theatro Municipal (RJ). Como coreógrafo vem trabalhando, desde 1986, dentre outros, com o Grupo Cisne Negro (SP), Ballet do teatro Castro Alves (Salvador), Ballet Nordhausen (Alemanha), Brabant Danzconservatorium (Holanda), Teatro Argentino de La Plata (Argentina) e na Ópera Nacional da Finlândia. Na Cia. de Dança de Minas Gerais, criou 15 espetáculos entre 1988 e 1996, muitos deles premiados. Em 2004 e 2005, foi artista convidado da Cité Internationale des Arts, em Paris. É hoje Maitre de Ballet e coreógrafo do Ballet Jovem do Palácio das Artes (Belo Horizonte) e atua simultaneamente em diversas companhias de dança pelo mundo.

Algumas produções de que participou

Imagem do espetáculo "Exsultate Jubilate", da Cia de Dança Palácio das Artes (1991)Imagem do espetáculo "Impromptu", da Cia Cisne Negro (1997)
Imagem de espetáculo “Exsultate Jubilate”, da Cia de Dança Palácio das Artes (1991) e trecho do espetáculo “Impromptu” (1997), da Cia Cisne Negro

Trechos da entrevista

“A gente vive num país paradoxal que é um modelo de Estado que é totalmente europeu, com uma sociedade americanizada, então, assim, a gente ainda depende do papel do Estado para fazer este incentivo de dinheiro para se fazer produção. Existem grandes heróis pelo país afora. O que precisamos agora é de, alguma maneira, ir até esses lugares, que a gente tenha produtores, que a gente tenha gestores culturais que saiam dos seus guetos e comecem a explorar o resto do Brasil, o que Villa Lobos fez, por exemplo.”

“Nós temos uma gama enorme de gente talentosa por causa da nossa influência africana, caribenha, da religião, da música barroca. A gente tem uma formação inata, rítmica, muito forte de gente talentosa. Temos os primeiríssimos bailarinos brasileiros em companhias como o American Ballet Theatre, como o Royal Ballet, como o Balé Real da Dinamarca, o balé…, enfim, companhias da Europa, dos Estados Unidos – primeiros bailarinos, eu não estou falando de corpo de baile, não, que corpo de baile tem uma série de bailarinos.”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

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