Nelson Motta

Produtor musical

“Eu nunca fiz coisa para mim: ‘Ai, este livro é uma necessidade, eu tenho que escrever…’ Isso é conversa. Meu livro só tem sentido para quem vai ler. Nem sempre se consegue, mas a obrigação é tentar.”

Entrevista gravada no dia 15 de junho de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Nelson Motta é uma das figuras mais influentes da moderna música popular brasileira, tanto como produtor quanto crítico. Durante a vida, também foi jornalista, compositor, escritor e roteirista. Participou de festivais nos anos 1960 e esteve próximo das gerações da bossa nova, Tropicália e, mais tarde, do rock dos anos 80. Produziu o Hollywood Rock, lançou artistas como Marisa Monte (e produziu dezenas de discos, de Lulu Santos, Gal Costa, Daniela Mercury, Ed Motta, Djavan, entre outros), além de idelizar programas de TV como “Armação Ilimitada” (1985) e “Chico e Caetano” (1986). É autor de 300 músicas, entre elas “Como uma Onda” e “Dancin’ Days”, e de 14 livros, entre eles “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia” (objetiva, 2007). Paulistano, nasceu em 29 de outubro de 1944, mas passou a maior parte da vida no Rio de Janeiro.

Algumas obras de Nelson Motta como produtor ou escritor


Imagens de “Armação Ilimitada” (1985), capa do segundo CD de Marisa Monte (1991) e a biografia de Tim Maia (2007)

Trechos da entrevista

“Aprendi também que você não fala na frente de todo mundo, você chama o cara e: ‘Ó, você é maravilhoso, você é o músico da minha vida, mas este pedaço aqui não foi legal’. O cara reconhece sempre numa boa: ‘Desculpe, vamos lá!’. Agora, se você chega no meio e tem três pessoas ali e fala: ‘Pô cara, você errou ali!’, ‘Eu não, não errei não, aqui não, você tá ouvindo errado!’. As pessoas não gostam de testemunhas dos seus eventuais erros.”

“Aos garotos que eram aliados deles [das gravadoras] na época, as gravadoras davam fitinha cassete em todas as universidades para copiar e distribuir aquilo porque é o que fazia os sucessos. Agora, o cara mandar a mesma música por e-mail é pirata, bandido, ladrão. É uma estupidez enorme.”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

O que já disseram sobre ele

“Nelson Motta não nasceu ontem, nem viveu pouco. Uma parte muito significativa da música brasileira contemporânea [e de sua história] passa por Nelsinho, seus companheiros, colegas, parceiros, intérpretes e amigos. Não é nem preciso a gente tentar uma biografia aqui, pois a vida de nelsinho está online. De resto, se você não sabia dele, provavelmente ainda não nasceu”
Silvio Meira, jornalista, no blog pessoal (2009)
http://smeira.blog.terra.com.br/2009/07/10/nelson-motta-estrelinhas-constelaes-e-galxias/

“A série de shows em Brasília e a calorosa noite em Belo Horizonte me deixaram muito feliz – com a certeza de que o ‘sim’ que disse ao Nelson Motta lá no fim de 2006 foi uma dos maiores acertos na minha carreira.”
Fernanda Takai, cantora, no blog pessoal (2008)
http://fernandatakai.com.br/2008/04/01/antes/

“O jornalista, compositor e produtor musical Nelson Motta criticou a crítica do jornal [Folha de S. Paulo] que criticou o show de Caetano Veloso e Roberto Carlos em São Paulo. Até aí, não teria nada demais, até porque o jornal bem que gosta de uma polêmica. Acontece que a direção do jornal foi informada que Nelson Motta havia trabalhado na produção deste show. Cobrado por seus superiores por ter omitido esta informação, ele se aborreceu e disse tchau, não admitindo que colocassem em dúvida a sua ética profissional. O caso Motta-Folha pode nos recomendar uma reflexão sobre os caminhos e interesses cruzados entre jornalismo e entretenimento, cada vez mais comuns. Em um dos seus livros, o jornalista e professor José Arbex já definiu esta prática como ‘shownalismo’.”
Ricardo Kotscho, jornalista, em sua coluna no iG (2008)
http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/2008/09/11/por-que-nelson-motta-saiu-da-folha/

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