Leandro Knopfholz

Diretor do Festival de Teatro de Curitiba

“Eu já fui dono de bar e já produzi espetáculos: todo mundo me pede ingresso e ninguém me pede para não pagar a conta do bar, refrigerante, uma bebida alcoólica ou uma comida.”

 

Vídeo indisponível.

 

Entrevista realizada no dia 30 de abril de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Leandro Knopfholz é administrador de empresas, com mestrado em Gestão das Artes pela City University, de Londres. Criou e dirigiu a primeira edição do Festival de Teatro de Curitiba em 1992 – com 19 anos (nasceu em 31 de agosto de 1973) –, função que exerceu até 2000, fazendo do evento um dos principais encontros da classe teatral do país. Assumiu então o setor de Ação Cultural da Fundação Cultural de Curitiba e, em 2006, tornou-se produtor da Cia de Dança Deborah Colker. Em 2009, retomou a direção do festival.

Alguns eventos que já produziu

Festival de Curitiba
Logotipo do Festival de Curitiba e imagem do espetáculo “Cruel” (2008), da Cia de Dança Deborah Colker

Trechos da entrevista

“A partir do momento que as pessoas têm uma certa segurança econômica, o próximo passo delas é partir para uma segurança social que tem a ver com inserção, com aceitação do outro. Então, por exemplo, o Brasil é um país de imigrantes – ou era um país de imigrantes – e estes imigrantes começaram a ascender na vida. Eles começaram a trocar a foto da família que ficava na sala de jantar, na sala de estar, por uma obra de arte porque isso dava um sentido de pertencimento àquela nova sociedade e era uma mudança do vínculo daquelas raízes. O fato de as pessoas possuírem uma obra do artista dava um certo status.”

“Faz parte do trabalho do produtor cultural reconhecer essa criatividade, trabalhar a criatividade, embalar a criatividade e apresentar essa criatividade para o público. Quem é esse público? É o patrocinador, é o agente público, é o público em geral, é a imprensa, é todo mundo. Então eu acho que o produtor cultural, a profissão produtor cultural, é essa profissão que fica no meio, entre a criatividade e o consumo, e trabalha a cadeia.”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

O que já disseram sobre ele

“Sendo assim, por que não abrir um espaço especial para as boas criações de Curitiba? Não há curadoria no Fringe, todos os que quiserem se inscrever são aceitos. O resultado é uma programação inchada, o que causa problemas nos espaços compartilhados em excesso. O blog de Edson Bueno relata um deles, que envolveu até a polícia. Perde o público, obrigado a fazer escolhas num leque amplo demais com qualidade de menos, perdem os artistas locais, que poderiam aproveitar o festival para ampliar a interlocução crítica. Perguntei isto, mais de uma vez por sinal, ao diretor do festival, Leandro Knopfholz. A resposta é sempre a mesma, baseada na convicção de que é bom para o teatro que se abra o leque, que tudo seja aceito, que a mostra seja democrática, cabendo ao espectador a escolha, que pode ser diferente da feita por curadores ou críticos. E ficamos assim.”
Beth Néspoli, jornalista e crítica, no Blog de Teatro do Estadão (2010)
http://blogs.estadao.com.br/teatro/2010/03/24/a-boa-cena-curitibana/

“(Ei, Leandro Knopfholz, cadê você? Está em Araucária? Em Campo Largo? Em Campo Magro? Em Colombo? Onde você anda? Já viu O Carrossel?) O Carrossel aconteceu de terça-feira 1 de dezembro até sexta-feira 4 de dezembro no Espaço Cênico (Ex-ACT). Casa cheia todas as noites. Sucesso total. Na noite de sexta (4), tinha de Edson Bueno (genial diretor) a Troy (genial músico) na plateia. Tinha muita gente. Só faltou o Leandro Knopfholz.”
Marcio Renato dos Santos, jornalista, no Blog do Caderno G, da Gazeta do Povo (2009)
http://www.gazetadopovo.com.br/blog/blogdocadernog/?id=951821

“A Folha Online, por outro lado, entrevistou Leandro Knopfholz para um balanço em que os destaques foram o público sempre crescente e o Risorama, a mostra paralela de stand up que confirma em Curitiba o fenômeno que já se conhece de São Paulo. As quase 300 peças, o público aos milhares, o envolvimento da cidade e do entorno, até o êxito do Risorama: o festival está cada vez mais parecido com seu modelo, Edimburgo, como tanto queria Leandro, seu idealizador, de volta agora à direção.”
Nelson de Sá, critico de teatro, no blog Cacilda, da Folha.com (2008)
http://cacilda.folha.blog.uol.com.br/arch2008-03-01_2008-03-31.html

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