Tânia Rösing

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Professora Doutora em Teoria Literária; organizadora da Jornada de Literatura de Passo Fundo

“Quando alguém lhe diz um ‘não’, significa ‘sim’, só que não é por aquela porta, é pela janela. Se o ‘não’ for na janela, é pela fechadura; e se o ‘não’ for pela fechadura, vai ser num buraco na parede. Esta tem que ser a atitude do produtor cultural.”

Entrevista gravada no dia 17 de abril de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Tânia Mariza Kuchenbecker Rösing é professora da Universidade de Passo Fundo (UPF), na graduação e no mestrado em Letras, e criadora da Jornada de Literatura de Passo Fundo, um dos principais eventos culturais do país. A jornada ocorre de dois em dois anos desde 1981, e tem como sede uma enorme lona de circo no interior do campus da UPF, em Passo Fundo, interior do Rio Grande do Sul. Alguns dos mais de 100 escritores e pensadores nacionais e internacionais que já participaram do evento são Pierre Levy, Edgar Morin, Chico Buarque, Roger Chartier, Nélida Pinõn, Moacyr Scliar, Ignácio de Loyola Brandão, Tom Zé, Ariano Suassuna, Critovão Tezza, João Ubaldo Ribeiro, Gilles Lipovetsky, Mário Prata, Renato Janine Ribeiro, dentre muitos outros. Tânia é também mestre e doutora em Teoria da Literatura pela PUC-RS, com pesquisas centralizadas na linha “Leitura e formação do leitor”, e idealizadora do Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura, que distribui, de dois em dois anos, R$ 100 mil para o melhor romance em língua portuguesa. Casada com Acioly Rösing desde 1967, tem dois filhos: Cassiano, dentista, e Ilana, fisioterapeuta.

Algumas produções de que participou

Imagem da 13º Jornada de Literatura de Passo FundoCartaz da 13º Jornada de Literatura de Passo FundoImagem do cartaz "Capital Nacional da Literatura", dado à Passo Fundo

Imagens do lonão e do cartaz da 13º Jornada de Literatura de Passo Fundo, realizada em 2009, e do cartaz “Capital nacional da Literatura”, título dado pelo governo federal à cidade de Passo Fundo por conta da organização da Jornada desde 1981.

Trechos da entrevista

“Não é possível trabalhar a educação sem cultura, nem a cultura sem educação. É um equívoco fazer, por exemplo, nas prefeituras, uma divisão entre uma Secretaria de Educação e uma Secretaria de Cultura”.

“As empresas em geral fogem do seu compromisso, por exemplo, com a Lei Rouanet. Criou-se no final de 2008 a tal de crise econômica mundial e no Brasil criou-se uma crise em função da crise mundial e uma falsa crise”.

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.
Palavras mais faladas

O que já disseram sobre ela

“Tânia Rösing, mentora e coordenadora da Jornada de Literatura de Passo Fundo, trabalha decidida a ver seus projetos florescerem. A mão dela está em tudo, da idéia ao projeto final, incluindo a penosa busca de financiamento. E se for preciso prender o grito para agilizar o processo, ela não hesita.”
Valéria Ochôa, jornalista, em texto publicado no site do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (1997) http://www.sinpro-rs.org.br/extra/nov97/perfil.htm

“Tânia é uma das mais extraordinárias promotoras culturais do país. Além disso, é uma belíssima pessoa. Em cada ano, me surpreendo mais com a organização impecável do evento.”
Moacyr Scliar, escritor, em entrevista para matéria publicada Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (1997)

“Ponham-se alguns ingredientes desfavoráveis, como um frio de enregelar a alma, mais todas as desgraças financeiras, mais a incompreensão de uma imensidão de ciumentos, mais um circo no meio da praça, mais o pouco prestígio do livro, misture-se bem e responda-se à pergunta: funcionará? Sim, todo o Brasil responde, se lá estiver a Tânia.”
Luiz Antonio de Assis Brasil, escritor, em entrevista para matéria publicada no site Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (1997)

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