GOG

Rapper

“O músico independente tem de trilhar vários caminhos. Eu tenho várias ações dentro do meu trabalho, eu sou responsável por grande parte da produção, eu gerencio várias coisas dentro da minha carreira.”

Entrevista gravada no dia 14 de maio de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

GOG, Genival Oliveira Gonçalves, é rapper. Nasceu na cidade satélite de Sobradinho, no Distrito Federal, em 1965. Em 1973 mudou-se para Guará II, cidade que foi o cenário de suas primeiras influências: o convívio com os primos amantes da black music, os vinis, a formação do grupo de dança “Magrello’s Pop Funk”, que daria origem ao grupo de Rap “Os Magrello’s”, a iniciação no break, a chegada ao rap. Em 1990, recebeu o convite do DJ Leandronik para participar da coletânea “Rap Ataca”, do selo Kaskata’s, e gravou música “A Vida”, sua primeira gravação oficial. Em 1992, em parceria com o selo de rap Discovery, lança o compilado “Peso Pesado” e seu nome passa a ser mais conhecido no país. De 1994 a 2000 lançou mais quatro discos: “Dia a Dia da Periferia”, “Prepare-se!”, “Das Trevas à Luz”, “CPI da Favela” e várias músicas desses trabalhos tornaram-se sucesso. Em 2004, “Tarja Preta” recebeu o Prêmio Hutúz de melhor disco do ano.

Algumas produções de que participou

GOG, destaque na edição da revista Raças de novembro de 2010, e alguns de seus CDs: “Peso Pesado” (1992), “Das Trevas à Luz” (1998) e “Aviso às Gerações” (2006).

Trechos da entrevista

“Era impossível para um jovem de periferia, adolescente de periferia, ter uma banda com baixo, bateria, guitarra, teclado – muito caro! E, a partir do momento que você pode, chega uma oportunidade de você cantar em cima de um instrumental, de um disco – vinil eu tinha em casa de montes.”

“A grande locomotiva do hip hop é o DJ. O DJ é quem dá o tom da caminhada – e o DJ essencialmente é criativo, ele procura formatos, novas caminhadas… Então os grooves, ou seja, as batidas, o bumbo, a caixa, o chimbau, ele vem evoluindo, ninguém quer ter o som do verão passado. Então o DJ quer trabalhar, ele quer colocar algo de novo, e isso faz com que nós, rappers, também caminhemos lado a lado: tua levada tem que melhorar, a letra tem que evoluir, temos que continuar dentro da nossa criatividade”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

Palavras mais faladas

O que já disseram sobre ele

“O GOG elabora uma crônica social, com o objetivo de conscientizar, visando uma modificação social e política profunda na sociedade”.
Walter Garcia, músico e professor da PUC-SP

“A princípio, estranhei: por mais que ame rap, aquilo não era minha parada. Conversamos e sugeri que eu fizesse um vocalise mais sofrido, que coubesse dentro da narrativa dele e que tivesse mais a ver com o meu lance de intérprete. Ele topou ver como ficaria e, já na passagem de som, ficamos ambos arrepiados. O cara é inteligente, é articulado, é engajado, é preocupado.”
Maria Rita, sobre o convite feito por GOG à sua participação na gravação de seu DVD “Cartão Postal, Bomba!”. (Revista Piauí, 2006)

“GOG é diferenciado dos outros rappers… ele cuida para não colocar palavrões em suas músicas, pois ele fala que um Rap com muito palavrões, até tem gente que gosta, mas geralmente o Rap ganha inimigos”.
Site Rap na fita
http://www.rapnafita.hpg.ig.com.br/gog.html

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