Francisco Weffort

Ministro da Cultura (1995-2002)

“Nenhum de nós é capaz de contestar que há uma continuidade de política cultural brasileira, ruim que seja, desde Mário de Andrade para cá.”

Entrevista gravada no dia 14 de junho de 2010 no estúdio Cine & Vídeo, em São Paulo.

Francisco Weffort é muito mais conhecido por sua atuação como ministro da Cultura do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) do que por seus trabalhos como cientista político e professor universitário. Tem doutorado em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (1968) e atualmente é pesquisador visitante do Instituto de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Iepes) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência nas áreas de sociologia política e ciência política, com ênfase em história, atuando principalmente nos temas Estado, elites e massas. Weffort é tamvém um estudioso do populismo, explicitando as condições em que o fenômeno pode se instalar e se perpetuar. Durante seu período no governo federal, promoveu a política de Estado principalmente a partir de incentivos fiscais (pela Lei Rouanet, principalmente, criada na administração anterior) e criou a Agência Nacional do Cinema (Ancine), que tem como atribuições o fomento, a regulação e a fiscalização do mercado do cinema e do audiovisual no Brasil.

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Algumas realizações

Weffort como ministro da Cultura, ao lado do então embaixador italiano Vincenzo Petrone (2001)
Weffort numa foto de 2001, quando era ministro da Cultura do governo FHC; logotipo da Ancine, agência de cinema criada durante a gestão dele; e a capa do livro “O populismo na política brasileira” (1980), fruto de seu trabalho como pesquisador de ciência política

Trechos da entrevista

“O professor universitário faz algumas aulas por semana, é uma atividade ligada aos livros, ligada à coleta de dados da pesquisa e ligada a escrita. Quer dizer, é um trabalho solitário, de certa forma, essencialmente solitário. No caso do administrador público, ele não dá um passo sem ouvir os outros. Não consegue, é impossível.”

“Há uma imaginação brasileira que é uma imaginação muito localista – no sentido de que todos nós somos caipiras de algum lugar – e muito nacional. O outro lado é que este sentimento de identidade que as pessoas têm, a ignorância é enorme.”

Palavras mais faladas na entrevista

Para que se tenha uma ideia do que foi dito e destacado pelo entrevistado, utilizamos um sistema de visualização chamado “Nuvem de Palavras”. Quanto mais vezes uma palavra é dita, maior ela aparece.

O que já disseram sobre ele

“Gil disse que já se acostumou a ser chamado de ministro e não se incomoda. Mas prefere se referir ao ex-ministro Weffort, – que elogiou por ser ‘o único a fazer a transição no campo’ – como ‘professor’. ‘Vou lhe chamar de professor’, afirmou o músico.”
Jornal O Estado de S. Paulo em 2003, citando declaração de Gilberto Gil, cantor e ministro da Cultura entre 2003 e 2008
http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2003/not20030105p3178.htm

“Mas vi o ministro sendo entrevistado num programa de TV, o Roda Viva, e pensei: ‘Será que estou ficando pirada? Esse ministro é da Cultura ou da Economia?’. Durante 50 minutos ele só falou de verbas, dinheiro e outros palavrões. Depois vi que ele foi homenageado pelas Tietas do Brasil, Betty Faria e Sônia Braga. Agora, de tradição ele não manja nada.”
Maria Bethânia, em entrevista à revista Playboy (1996)
http://biacamposcy.multiply.com/journal/item/22/22

“‘Ôri’ é um filme sociológico. Ele, de certo modo, é reflexo de toda minha formação em sociologia, das aulas com professores como Florestan Fernandes, Francisco Weffort, Fernando Henrique Cardoso e Ruth Cardoso”
Raquel Gerber, cineasta, em entrevista ao site Educar para Crescer (2009)
http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/entrevista-raquel-gerber-512985.shtml

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